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Igreja Matriz de Portimão

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A igreja de Nossa Senhora da Conceição, de Portimão, é o templo que melhor ilustra a época de fundação da vila. A sua construção ficou a dever-se ao primeiro donatário da localidade, D. Gonçalo Vaz de Castelo-Branco.

É provável que as obras desta Matriz se tenham prolongado pelas primeiras décadas do século XVI, em sucessivas campanhas de enriquecimento artístico do interior. O facto de ainda subsistirem algumas pias de água benta manuelinas, assentes em mísulas oitavadas e decoradas com elementos vegetalistas, característicos do tempo de D. Manuel, aponta nesse sentido, embora desconheçamos, por completo, a evolução do templo durante os séculos XVI e XVII, à exceção de algumas confrarias que aqui se foram instalando. Uma imagem quinhentista, representando São Pedro, deve ter sido realizada para ocupar o retábulo-mor, hipótese que, a confirmar-se, revelará a importância artística deste templo, numa altura de claro apogeu da vila.

O terramoto de 1755 foi o grande responsável pela quase integral reformulação da igreja. A maior modificação ocorreu na fachada principal, cujo coroamento passou a ser um elemento de grande impacto cenográfico, artisticamente catalogado como peça barroca tardia, comum a algumas importantes igrejas algarvias. De resto, esta construção foi bastante apressada, como tantas que se fizeram após o sismo. Na torre sineira foram aplicados, indistintamente, fragmentos da construção anterior à derrocada, como pedras tumulares e lajes. A disposição geral do templo, com as suas três naves de quatro tramos, não foi alterada, o que revela a fidelidade a um plano fundacional, coerentemente designado de Gótico Paroquial. Grande parte deste esforço de restauro e reedificação foi por obra do benemérito local Luís António Maravilhas.

Está classificada como Imóvel de Interesse Público.