A ponte rodoviária de Portimão foi inaugurada em 1876, resultando de um processo de negociação política encabeçada pelo deputado portimonense Francisco de Bivar que conseguiu assegurar a sua construção em Portimão e não em Silves, depois de ter proposto (e o Governo ter aceite) que a obra fosse financiada com um imposto sobre a receita do pescado na Lota (acabaria por não se revelar suficiente…).
Com a empreitada a cargo da firma francesa Fives-Lille, os mesmos construtores das pontes Alexandre III e das Artes em Paris, o arranque das obras teve a presença de Fontes Pereira de Melo, primeiro-ministro e figura-mor da Regeneração oitocentista.
Com piso inicialmente em tabuado, os primeiros anos da ponte iriam torná-lo como uma espécie de “promenade” para passeios, sendo até palco de concertos de bandas locais!
A ponte ferroviária era essencial para a construção do ramal ferroviário de Lagos, uma ambição local cuja conclusão foi sendo protelada pelo Governo Central.
Prova disso é o facto da ponte ter sido concluída em 1915 mas só ter entrado ao serviço em 1922, ano em que a ferrovia até Lagos ficou finalmente concluída.